de repente restaram apenas eles. a multidão parecia se resumir ao fora de foco comum do que não interessa no quadro. os olhos dela, da pessoa amada, brilhavam, refletiam ele, que a olhava. e viva! ele estava na cabeça dela. podia se ver lá dentro. e se sentia dentro dela.
um milésimo de segundo, foi esse o tempo. naquela noite, no meio de todas aquelas pessoas, no meio do discurso apaixonado pelo assunto da vez, ela passou a vista por ele. ele que sempre tinha a vista nela. bastou isso para satisfazer o seu sonho por aquela noite. e por todo o tempo em que não iriam se ver, aquela imagem, dele preso no olhos dela, serviria para fazê-lo acreditar que era verdade. até que iria arranjar outro fato que comprovasse o que ele sabia não ser real, mas que era gostoso acreditar existir.
Novidade bonita por aqui:
Há 11 anos